Papa Francisco e os fantoches do comunismo

 

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A visita do Papa Francisco à Bolívia foi um enorme sucesso de público e crítica! Milhares de internautas ficaram boquiabertos e olhiabertos com a audácia e o deboche do presidente Evo Morales em presentear o líder da Igreja Católica com símbolos comunistas. Centenas de internautas se indignaram com a atitude do Papa, em quem o boliviano pendurou na velocidade da luz os colares praticamente ao mesmo tempo em que entregava a monstruosa escultura. Ora, enquanto chefe de Estado visitando outro, não cabia a Francisco dar um ataque de pelanca e sair arremessando ou devolvendo os apetrechos, dando a Morales o benefício de posar de ofendido diante do povo católico boliviano. Era tão mais diplomático simplesmente jogar as tralhas fora em reservado! Do jeito que se irritaram os fiscais do papado, parece até que o Papa encomendou aquela escultura para colocar em seu criado-mudo…

Mas claro que os opositores do papa argentino não deixariam barato, não descansariam mesmo quando a saia justa ficou elegantemente resolvida. Mais tarde o papa proferiu um discurso para os movimentos sociais e aí a operação lambança recomeçou, numa sinistra joint venture entre anti-Bergoglianos, liberais, protestantes e toda sorte de gente que sentiu vergonha alheia quando não havia o menor motivo para tal. A raiz do problema, para não variar, é que a maioria deles simplesmente não lê os discursos oficiais, não vai nas fontes.

Como é que pode alguém ler

Por isso gosto tanto da imagem do processo, onde a paixão por semear, por regar serenamente o que outros verão florescer, substitui a ansiedade de ocupar todos os espaços de poder disponíveis e de ver resultados imediatos.

e ter a pachorra de chamar o Papa de socialista?! Só se estiver eivado do mais obstinado preconceito e da mais intransigente implicância com Francisco.

Quem é que “anseia por OCUPAR todos os espaços disponíveis e ver resultados IMEDIATOS“? Não são, por acaso, justamente os revolucionários? Não será o socialismo bolivariano de PT e Foro de SP, fraudando urnas, encilhando rebanhos de eleitores com assistencialismos mil, que depois são propagandeados como soluções instantâneas e majestosas de erradicação da pobreza e toda a sorte de injustiças sociais (“Tiramos não sei quantos milhões da extrema pobreza…”)?

O Papa Bergoglio fala em processo, em longo prazo, “paixão por semear”, numa clara alusão ao caráter abstrato da propriedade privada, onde o trabalhador investe seu tempo, energia e amor. Os seguidores da seita do liberalismo sequer tiveram a sensibilidade de notar esse preceito – que é deles próprios, aliás – da liberdade de se trabalhar com o que se tem paixão, tão cegos estiveram de aversão ao espantalho de um Papa que aquela mesma “mídia aparelhada” que tanto denunciam cuidou de fabricar.

Está passando da hora de os críticos pararem de se guiar pela mídia secular. As agências de notícias católicas, como a ACI, a Zenit e a própria Rádio Vaticana (para ficar só em algumas que publicam em língua portuguesa) são muito mais confiáveis.

Uma conduta bem mais saudável que distribuir o esquerdismo da mídia brasileira é ler os discursos oficiais do Papa, suas homilias (sermões) e cartas, pois assim se verá que ele cumpre seu papel de líder religioso. Se querem cobrar energia e retaliação, estão apontando para a celebridade errada (se é que existe uma certa).

O Papa Francisco também disse:

Nas vossas cartas e nos nossos encontros, relataram-me as múltiplas exclusões e injustiças que sofrem em cada actividade laboral, em cada bairro, em cada território. São tantas e tão variadas como muitas e diferentes são as formas próprias de as enfrentar. Mas há um elo invisível que une cada uma destas exclusões: conseguimos nós reconhecê-lo? É que não se trata de questões isoladas. Pergunto-me se somos capazes de reconhecer que estas realidades destrutivas correspondem a um sistema que se tornou global. Reconhecemos nós que este sistema impôs a lógica do lucro a todo o custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da natureza?

Veja bem, o contexto do discurso:
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