Penetras bons de grito

Faz uns dias, soube da preparação de um evento feminista a ser realizado dentro dos muros da PUC-Rio. Na qualidade de católico que, apesar de não estudar na PUC, compreende que instituição católica não é lugar de promoção de aborto, homossexualismo e masturbação (notáveis bandeiras do movimento feminista), organizei e fiz publicar, em nome do meu grupo de discussão política do facebook “Política e DSI”, uma petição online hospedada na plataforma CitizenGO destinada a chamar a atenção do reitor da Pontifícia Universidade Católica e autoridades eclesiáticas para o descalabro engendrado por seus alunos.

Disseminei a petição para que fosse apreciada pelos amigos católicos e de maneira que atingisse especialmente alunos – mormente as mulheres. Ato contínuo, a organização do evento tomou conhecimento da petição.

cartaz-originalSoube que o cartaz original do evento, este ao lado, foi “vetado pela PUC” (quem, exatamente, comandou, não sei). Aparentemente mentes mais abertas à realidade religiosa do campus também ficaram sabendo da história. Que bom.

O jornal O Globo foi acionado e fazendo contato com o DCE (diretório estudantil) da PUC-Rio, publicou uma matéria mal escrita, cuja manchete foi “Grupo de alunos da PUC-Rio cria petição contra evento que celebra o Dia Internacional da Mulher”. Está bastante errada, pois:
1) O responsável pela petição sou eu;
2) O evento não “celebra a data” (embora a data, por si só, seja ideal do feminismo mesmo), visto que as ações e atividades do movimento feminista NÃO REPRESENTA o pensamento, o sentimento ou os interesses da maioria das mulheres.

Fui procurado por um rapaz que também ficou sabendo da repercussão interna da PUC . Ele era favorável à realização do evento, foi bastante polido e na conversa pude argumentar e justificar o porquê de ser contra a sua realização, quais pontos conflitam com a doutrina católica. De acordo com o que falamos, pelo que entendi, até foi aventada a possibilidade de abertura para a opinião divergente durante a programação. Pode ser uma atitude louvável, como lhe disse. Porém, ainda pesam sobre o evento os agravantes que ferem o caráter católico da universidade.

Em tempo: recebi solicitação Continuar lendo

Regulamentação do aborto mais ou menos discutida na UFF

Participei ontem do evento “Regulamentação do aborto”, parte do ciclo de palestras “Quebrando tabus” promovido pela OAB na Facvldade de Direito da UFF (Niterói-RJ).

evento-uff-270814

ATUALIZAÇÃO: Publiquei mais cedo o artigo considerando o professor Thiago Minagé no lugar do professor adjunto Eder Fernandes. Como não pude adentrar o auditório durante as palestras e depois não o vi passar, não confirmei a tempo, apesar da suspeita, quem fez a explanação. Já troquei os nomes ao longo do texto. Ao menos sei que não causei maior dano à imagem do prof. Thiago Minagé que o escolhido para representá-lo. Obrigado, Patrícia, pela correção.

Narro a seguir, de memória, o que se passou:

O primeiro fato digno de nota foi a presença maciça no evento. Houve grande mobilização por parte dos católicos, é verdade. Aliás, jamais vi tantos católicos, tantos pró-vida concentrados num mesmo evento dessa natureza. Acredito que a organização do evento não esperava aquela tão grande procura, que lotou o auditório, transbordando para o saguão e até obstruindo o corredor lateral. É interessante ressaltar que tal fato demonstra o enorme interesse que o assunto desperta na sociedade brasileira, mas para muito além de uma simplória questão sanitária: a população quer ver direitos preservados, quer a dignidade de ambos, mulher e filhos, preservada.

2014-08-27 19.26.29A primeira palestra, da professora de enfermagem Helen Campos, me surpreendeu positivamente. Quem frequenta eventos de discussão sobre o tema está acostumado a deparar-se com profissionais de saúde francamente abortistas, salvo aqueles que são convidados por agentes pró-vida. Helen, pelo contrário, apresentou uma explanação muito direta, objetiva e detalhada sobre os procedimentos técnicos sem desqualificar o feto, sem coisificar o ser humano que é vítima fatal do aborto. Magnanimamente chamou a audiência feminina à responsabilidade, afirmou a obviedade infelizmente solenemente ignorada (como os dois últimos palestrantes fizeram) da existência da nova vida desde os primeiros instantes, desde a fecundação. Finalizou com o essencial testemunho da realidade enfrentada no atendimento das mulheres e prestou grande serviço à platéia ao destacar as brechas na legislação, como a ausência de exigência de boletim de ocorrência como atestado de violência sexual.

O que salva vidas, principalmente a das mulheres, é a verdade. Transmitir as informações com franqueza, livre da patrulha politicamente correta que pretende ludibriá-las. Para mim, a mensagem da professora Helen foi muito clara. É ilógico um profissional de saúde ser favorável ao aborto, por todas as razões imagináveis – e contra todas as razõs inventáveis. E evidentemente, para quem tem boa fé, não é sequer necessário um proselitismo taxativo que clame “não aborte!”. Essa é a mensagem ululante: não existe benefício na eliminação da vida do bebê. Por ser tão óbvio, é também tão chocante e monstruoso o malabarismo daqueles que tergiversam.

2014-08-27 19.26.06Em seguida tivemos a palestra do padre Anderson Batista. Começou pronunciando-se contra a má interpretação de “estado laico”, reexplicou todas as técnicas de aborto, com riqueza de detalhes e seguiu apresentando uma gama variada de informações para a platéia, recheadas de referências documentais: relacionou a postura pregressa da ONU, mencionando datas e documentos onde a defesa da vida desde a concepção ainda era um desejo, falou do tribunal de Nuremberg, traçou o paralelo entre uma declaração em favor da escravidão nos EUA do século XIX com os argumentos de Roe vs Wade (emblemático julgamento norteamericano que escancarou as portas para a legalização do aborto), citou o dr. Jérome Lejeune, desmascarou o socialismo, definindo-o como “comunismo sem revolução armada” (fundamental, já que muitos ainda são enganados de não reconhecê-lo como comunismo que é), enfim, disse tudo que era necessário e nunca demais repetir. Foi aplaudido efusivamente pela platéia.

Até aqui, Vida 2 x 0 Morte. Um placar surpreendente, contrariando as expectativas. No entanto, Continuar lendo

PCO – partido cunhado no ostracismo

Talvez porque eu apóie o candidato Everaldo Pereira, do PSC, à presidência, que é reconhecido como “partido nanico”, fico interessado pelos discursos de outros candidatos. Como já tenho opinião formada sobre os grandes nomes Aécio, Dilma e Marina, sobra um pouco de atenção para os menos potentes.

Peguei agora para ler a entrevista que o candidato Rui Costa Pimenta (PCO) deu ao portal G1. O chamariz foi a manchete “Rui Pimenta defende população armada para combater o crime“. De pronto, ecoei nas redes sociais:

PCO-comentario-oandarilho01-twitterLogo lembrei da decepção que o inventor da “causa operária”, Karl Marx teve, ao notar que o proletariado não se insurgiu contra os patrões, não comprou a briga, apesar de todo o encantador discurso da luta de classes, que Gramsci aperfeiçoou depois de comer umas bananas brasileiras. Como todo bom (bom?) brasileiro, Rui Pimenta trabalha para nos trazer o melhor da moda européia, com o atraso característico tupiniquim.

Na entrevista, o candidato fala que defende a criação de “milicias populares, em substituição à Polícia Militar, como forma de controlar o crime”. Hmm… Deveriam avisá-lo que o conceito de milícias populares já foi inventado e realizado: deram o nome de facções criminosas.

Sobre a estatização, o candidato disse: “Não concordamos com o mito de que a empresa estatal é ineficiente e a privada, eficiente.” – Pois bem, eu não concordo com o contrário. O que tem que olhar é se isso é um mito, mesmo.  Ainda afirmou Continuar lendo

A carapuça serviu

Tomo conhecimento de que foi noticiado no Blog da Dilma, “o maior portal da Dilma Rousseff na Internet”, que a Comunidade Católica Shalom, através de declaração de sua co-fundadora Emmir Nogueira teria lançado uma ofensiva contra Dilma e o PT, conforme a imagem postada na matéria:

***

ATUALIZAÇÃO (01/08/14): Chegou até mim há poucos minutos um desmentido da sra Emmir:

Uma amiga do Shalom me mandou essa mensagem: “É possível que vocês recebam links de um site entitulado blog da Dilma. Fiquem tranquilos. Para evitar uso indevido de imagem já retiraram minha foto. O e-mail foi escrito em 2010, a frase não é minha e o texto que se segue ao email vem de um estudo que fiz com várias citações que, no blog, foram excluídas e o texto colocado como se fosse meu. Peço que ignorem totalmente e que peçam a todos que ignorem. O objetivo deles é provocar polêmica. Agradeço por me atenderem. Emmir”

***

O episódio nos permite fazer uma leitura interessante do momento presente, recordando alguns momentos de um passado nem tão distante.

(Fonte: Blog da Dilma)

(Fonte: Blog da Dilma)

A primeira coisa a ser observada é: o PT enxerga no catolicismo um curral eleitoral em potencial. Seja porque o PT e a CNBB mantém boas – e incômodas – relações estreitas, seja porque já se entranhou (o que, aliás, é consequência do ponto anterior) no meio católico a ideologia socialista conhecida como “teologia da libertação“. Essa “teologia” (aspas aqui nunca são demais), que encanta católicos por toda a América Latina, reflete não só a forma de fazer política do PT, mas a forma de ser petista/esquerdista do povo católico.

Ser petista/esquerdista ou petralha, é viver a máxima que declara que os fins justificam os meios. Alguém poderia duvidar, observando, por exemplo as atitudes de um MST ou MTST, ambos movimentos historicamente parceiros do PT? Ou quem sabe revisar a memória do mensalão?

Aí tem a acusação do blog da Dilma de terrorismo religioso por causa do alerta veemente do perigo de excomunhão. Sim! Para um catolico que ama a Cristo e reconhece a autoridade da Sua Igreja, colocar-se em risco de excomunhão é coisa MUITO séria.

Tudo bem, podemos ir com calma nessa questão. Antes de argumentar, não deixo de lembrar que o PT já se colocou nessa posição de vítima antes. Durante as eleições de 2010, o bravo bispo emérito de Guarulhos, o saudoso D. Bergonzini, comprou a briga com o PT ao distribuir panfletos que chamavam oa católicos à responsabilidade de escolher candidatos que não defendessem o aborto, quesito que acaba por eliminar a candidata à reeleição e a atual presidente, Dilma. A coisa foi tão séria que o PT mandou recolher o material, que depois do período eleitoral foi devolvido.

Sem tirar o mérito do alerta (01/08/14: agora é uma citação de autor desconhecido, ver acima), devemos observar com cautela o que diz o Magistério da Igreja sobre a pena de excomunhão e o crime de aborto.  O Blog da Dilma – fazendo uso não-autorizado do nome da sra Emmir – sacou uma frase que diz que “todo aquele que promover o aborto ou colaborar com ele (e é esse o caso do voto dado ao PT) está automaticamente excomungado“. Bem, a afirmação entre parênteses, de que o voto dado ao PT é colaboração com o aborto, é ponto pacífico entre os agentes pró-vida, entre os católicos mais esclarecidos quanto ao PT e mesmo para os petistas com algum resquício de honestidade, afinal é pauta do PT descriminalizar o aborto, como a Dilma já disse e se esforçou por conseguir, com a nomeação da ministra Eleonora Menicucci. Mas vejamos o que a Igreja Católica diz sobre a excomunhão no seu Catecismo e no Código de Direito Canônico sobre o aborto: Continuar lendo

Dossiê cristão dos pré-candidatos ao governo do RJ

Resolvi fazer uma pesquisa no histórico dos pré-candidatos ao governo do RJ nas eleições 2014, a fim de averiguar e informar meus leitores sobre o posicionamento deles quanto a temas de interesse moral cristão. Eis o resultado do escrutínio:

precandidatos-RJ-2014# Aborto

Cesar Maia (DEM): já ironizou o governador Sérgio Cabral por este ter feito uma interpretação extremista da correlação com alta taxa de natalidade e criminalidade – oferecendo maior acesso ao aborto como solução – que leu no ensaio de economistas americanos. Apesar de ser acusado de não ter feito muita coisa para fechar clínicas clandestinas de aborto, baixou o decreto 25.745/05 que, desafiando a portaria 1508/05 do Min. da Saúde, conservava a exigência de B.O. para casos de alegado estupro. Cavando um pouco mais fundo nos registros históricos políticos, descobre-se que ele foi deputado constituinte, ou seja, participou dos debates e votações que nos legaram a atual Constituição Federal (de 1988); o site da Associação Nacional Pró-vida e Pró-família avisa que César Maia (então filiado ao PDT) SE ABSTEVE da votação para o destaque que pretendia proteger a vida desde a concepção;
Garotinho (PR): espera-se de um político cristão confesso (ainda mais quando faz da religião sua plataforma) que seja contrário ao aborto. Infelizmente eles costumam desafiar esta lógica elementar (militontos do PT que o digam!). Entretanto, não parece ser o caso de Anthony Garotinho, já que conta-se por aí que no ano passado ele aventou no Congresso um referendo para consulta popular ao assunto, além de ter ficado ao lado dos conservadores na disputa com o STF quando aprovou o aborto de bebês anencéfalos;
Jandira Feghali (PCdoB): de pronto, a pesquisa retorna que a candidata se auto intitula “histórica defensora do direito ao aborto”. Nenhuma surpresa, ao se considerar o “C” da questão (no nome do partido). E não é blefe. Enquanto deputada federal, fez “o diabo” (como diria Dilma) para liberar geral o assassinato de seres humanos inocentes;
Lindbergh Farias (PT): outro que não nos surpreende quando o assunto é moralidade cristã, dado o partido. Comprometido com o socialismo, não “pisa fora da faixa”. Votou contra a PEC 25/95 que visava explicitar a defesa da vida desde a concepção na CF;
Luiz Pezão (PMDB): Esboçou simpatia por D. Orani quando este assumiu o arcebispado do Rio de Janeiro e ele era o governador em exercício. Sabem como é: PMDB é um primo tímido do PT, então podemos talvez esperar o velho truque de bajular primeiro, trair depois. Não encontrei, de pronto, referências cruzadas dele com o aborto. No mais, ele foi vice de Sérgio Cabral por dois mandatos e está sendo ofertado como seu “continuista”; será que vai querer fazer algo diferente?;
Marcelo Crivella (PRB): Aqui está uma figura dúbia quanto ao assunto. Já deu declarações sendo contra, já foi apontado em oposição ao seu tio e líder da seita protestante “Igreja Universal” (que tem forte influência no partido) Edir Macedo, que é declaradamente favorável ao aborto. No passado, nos idos de 2010, figurou entre os defensores da então candidata Dilma, quando sofria os justos ataques dos cristãos por causa do tema;
Miro Teixeira (PROS): Um livro de antropologia urbana lançado em 1999 contém um quadrinho de opiniões dos candidatos ao governo do RJ daquela época. Lá, Miro Teixeira aparece com tendo respondido favoravelmente à legalização do aborto (vale frisar que isso é sempre pior que a mera descriminalização). Ele, assim como César Maia, foi deputado constituinte, só que, demonstrando firmeza de convicção, votou NÃO para o destaque pró-vida;
Professor Tarcísio Motta (PSOL): um desconhecido, trabalhando para um partido com conhecida preferência pelo aborto. Professor de história no Colégio Pedro II. Pelo que o seu facebook me contou, é amigo/apoiador de abortistas. Mas, claro, ainda que se diga contrário, vindo por onde vem, comunista do jeito que é, não acreditem;
Cyro Garcia (PSTU): Já defendia a descriminalização do aborto em sua campanha pela prefeitura do Rio de 2012.

# Gayzismo
Continuar lendo

O malabarismo macabro d’O Teatro Mágico

Pelo visto, falar de aborto já se torna tão chato que faz-se necessário o uso de palhaços profissionais!

(Fonte: Facebook oficial d'O Teatro Mágico)

(Fonte: Facebook oficial d’O Teatro Mágico)

Fernando Anitelli é um músico muito talentoso, um artista completo. As apresentações de seu grupo, O Teatro Mágico, são verdadeiros espetáculos. A comunicação com o público é bastante prezada, as melodias são bonitas e as canções bem executadas e – longe de ter sido uma escolha boba para o nome – todos os elementos das artes cênicas são contemplados: os integrantes da trupe são versados em expressão facial, corporal e em tudo o mais.

brunitelliPor que eu apresento esses detalhes? Apenas para registrar que conheço o grupo. Já fui a alguns shows. O sujeito maquiado na foto ao lado (para surpresa de alguns) sou eu. Cheguei a ser conhecido como “Brunitelli” – pois é… O fenômeno TM é fascinante e envolvente. Quando minha esposa me conheceu, eu praticava acrobacias aéreas e até colecionava malabares, tudo fruto da convivência na tribo.

 

gustavo-anitelli-abortoJá Gustavo Anitelli, que é o produtor do grupo mas não faz parte do elenco dos shows, apareceu recentemente (em publicação do facebook oficial do TM) segurando dois cartazinhos para delírio da sua audiência moderninha.

Faço notar que não necessariamente o apreço pela prática homicida é uma realidade do estilo de vida deles, dos artistas da trupe, mas certamente é uma questão de aprovar o estilo de vida irresponsável dos seus fãs. Conceitualmente, a música é um excelente instrumento para elevar o espírito. Mas os músicos muitas vezes a transformam em um veículo de depressão, no sentido de arremessar o espírito humano para o nível mais baixo, onde os mais viscerais e animalescos desejos exigem satisfação. Aprofundando a questão, ver-se-ia que ambos, artista e consumidor de arte, saem perdendo.

Mas por que é que Gustavo, o produtor, produziu mais essa peça publicitária abortista? Por que ele diz que Continuar lendo

Profilaxia aplicada aos abortistas

bebe-socialismo-abortoNa sequencia do decreto Lei 12.845 de 01/08/2013 baixado pela presidente Dilma (PT), que solidificou a ameaça do aborto no Brasil, surge, proposto pelos deputados federais Hugo Leal (PSC – RJ), Salvador Zimbaldo (PDT – SP) e Eduardo Cunha (PMDB – RJ) o PL 6061/2013 que visa lapidar o golpe abortista pela força da clareza das expressões e tramitação dos casos que a norma “Dilmista” se propõe a atender.

A redação desse novo projeto me pareceu excelente! Parabenizo os deputados responsáveis pela proposição. Transcrevo o inteiro teor do projeto para apreciação. Se os nobres deputados ditos pró-vida supostamente cochilaram foram despistados na tramitação da lei 12845/13, agora já não têm desculpa para não se esforçarem por defender o direito à vida e o honesto atendimento às vítimas de violência sexual.

Cabe a nós, cobrarmos de nossos representantes a atenção devida para este projeto, bem como acompanhar (pelo site da Câmara) a sua tramitação.

***

PROJETO DE LEI Nº DE 2013.

(Dos Srs. Hugo Leal, Salvador Zimbaldi e Eduardo Cunha)

Altera a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013, que “Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual” e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º A Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1º Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual atendimento emergencial e multidisciplinar, visando o tratamento das lesões físicas e transtornos psíquicos decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social.”

 “Art. 2º Para os efeitos desta Lei, violência sexual é todo ato sexual na forma de estupro em que resultam danos físicos e psicológicos.”

 “Art.3º ……………………………………………………………………………………

……………………………………………………………………………………………..

III – encaminhamento da vítima para o registro de ocorrência na delegacia especializada e, não havendo, a Delegacia de Polícia que, por sua vez, encaminhará para o Instituto Médico-Legal, órgão público subordinado à Secretaria de Estado da Segurança Pública, visando informações e provas que possam ser úteis à identificação do agressor e à comprovação da violência sexual;

IV – Suprima-se;

…………………………………………………………………………………………….

VII – Suprima-se;

…………………………………………………………………………………….” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificativa Continuar lendo

A Dilma e o PLC 3/2013

… ou Um convite à não-traição.

A poucas horas de descobrirmos se todo o esforço empenhado em tentar convencer a presidente Dilma a realizar vetos (parciais ou total) ao PLC 3/2013 terá resultado, quero deixar algumas palavras paralelas ao desfecho.

Em primeiro lugar, repito o que já disse algumas vezes, inclusive discursando em audiência pública: o desafio da sociedade, em nosso tempo, é fazer o certo mesmo quando existem leis obrigando o contrário.

Prezados leitores, admitamos o seguinte fato: nem mesmo o axioma elementar da natureza humana, que pressupõe a reprodução como meio de sobrevivência e perpetuação da espécie, foi capaz de prevenir que surgisse nos corações e mentes de alguns a sede de sangue e o ímpeto de (auto)destruição materializado no crime de aborto. Nem mesmo a maravilha palpável, sensível e patente da maternidade, perpetuamente presente (pois não há um dia sequer em que o mundo não se depare com a realidade da concepção e gravidez humana) é suficiente para proteger meninas e mulheres da propaganda da morte, mesmo com risco para as próprias vidas.

Se é verdade que não fazemos concessões na defesa do direito fundamental da vida – no âmbito legislativo – por que o faríamos no executivo?!

Colegas pró-vida já falam em mobilizar-se para convencer ao máximo o eleitorado brasileiro a não votar na Dilma caso ela não faça os vetos. Eu admiro o passo, mas ponho meu coturno uns metros à frente: NÃO VOTEM NA DILMA EM HIPÓTESE ALGUMA!

Estou lhes fazendo um convite a não se propor uma chantagem, uma negociação ou uma retaliação dependente do desfecho do trâmite desse projeto em voga. Admitam que só estamos nessa situação precisamente porque a Dilma está no poder! Especificamente porque deixamos o comumismo (ora conduzido pelo PT) se alastrar por toda a máquina pública e por todas as esferas sociais.

Se a Dilma – que não consigo nem dizer se é mais comprometida com os movimentos sociais repugnantes (feminismo e afins) ou meramente com o lobby mais eleitoralmente rentável da vez, mesmo – continuar no poder, ou se Lula voltar, ou ainda que ascenda ao topo do executivo qualquer outro político de esquerda, os maiores absurdos que ferem a dignidade humana e a família permanecerão simplesmente aguardando o tempo propício para serem aprovados. Será só questão de distrair o povo e seus representantes com maior habilidade.

Não abramos mão da nossa honra e de nossos princípios. Não negociemos com o inimigo! Deixemos bem claro quando falarmos nas eleições 2014:

Dilma, aprove ou não o PLC 3/2013, está em seu poder. Conosco reside o futuro político do país. Não queremos a sua concessão. Não espere de nós nada menos que a sua destituição.

Bruno Linhares – O Andarilho

Manual de Bioética para Jovens

manualbioeticajovens

No clima da JMJ – Jornada Mundial da Juventude, trago para meus leitores o link para download do Manual de Bioética para Jovens, elaborado pela Igreja Católica em parceria com entidades científicas, que apresenta a posição de sempre da Igreja em temas como aborto, pesquisas com células-tronco – onde ela aprova o uso de pesquisas com as CTAs (células adultas, ou seja, NÃO embrionárias) -, reprodução assistida, homossexualismo, etc.

Vem em muito boa hora. E atingiu em cheio alguns modernistas e demais inimigos da Igreja, aquelas pessoas que insistem no erro de achar que a Igreja “tem que se adaptar ao mundo moderno”. O jornal online O Globo fez – acidentalmente – uma ode ao conservadorismo santo da Igreja de Cristo, reproduzindo a frustração de alguns sujeitos dessa laia, o que me causou intenso contentamento e júbilo 🙂

Este é o link para o download: http://www.agencia.ecclesia.pt/dlds/bo/ManualdeBioticaparaJovens.pdf

Baixem, leiam e espalhem.

Viva o Papa!
Viva Cristo Rei!


Veja também:

Diagnóstico genético pré-implantação

Já que ser gay está na moda…

Aborto não é necessário

Entre mortas e feridas, tentam salvar o aborto

Comentários ao artigo de Flavio Morgestern: http://flaviomorgen.blogspot.com.br/2011/09/aborto-questao-de-coerencia.html

Comecei a seguir Flavio Morgenstern no twitter por causa de recorrentes RT de mensagens suas praticados por contatos que prezo. Com efeito li um artigo de elevada qualidade escrito por ele, que me levou à decisão de seguí-lo. O texto tecia uma crítica mordaz ao blogueiro Sakamoto, mais especificamente ao seu pensamento sobre um determinado artigo. Só a motivação já seria o bastante, mas o conteúdo é mesmo interessante.

Contudo, por ocasião do avanço na tramitação do Estatuto do Nascituro, percebi que Flavio, apesar das fontes que lho recomendaram a mim passivamente, defende o exercício do aborto. Gentilmente ele me indicou um antigo texto seu onde foram registrados alguns argumentos, e este presente artigo d’O Legado do Andarilho é uma contra-argumentação a alguns pontos relevantes.

feminaziEm meados do sexto parágrafo, Flavio Morgenstern assume – dando razão às feministas – que “se as mulheres sofrem injustamente com a gestação(…), é uma questão de saúde pública.“. Ok, então todo estado de saúde causador de desconforto, pouco importando que seja inerente à natureza humana – ou ainda, decorrente de atividade voluntária – deve ser estabelecido como “assunto de saúde pública” (com toda a carga tributária, logística, social, etc, que esse “superstatus” possa gerar para a população)?
Partindo desse raciocínio, o sr. Flavio talvez venha a defender (me admiraria se se recusasse a abraçar a causa) que a fimose ou a doença de Peyronie também sejam declarados casos de saúde pública! (OBS: recomendo discrição na abertura do link, devido ao conteúdo sexual, ainda que de um ponto de vista clínico)

É bem verdade que ninguém morre em “clínicas clandestinas” ao tentar se livrar do desconforto causado por esses dois quadros clínicos do exemplo, mas também não correm o risco de morte as mulheres que optam por não se submeterem ao aborto.

Mais à frente, o autor faz uso de uma hipótese à la Huxley (, Aldous – escritor de Admirável Mundo Novo),  Continuar lendo