Ex-prostitutas atacam ONU e Anistia Internacional por tentarem legalizar a prostituição

(Tradução de Ex-prostituted women blast UN and Amnesty Interntional for trying to legaliza prostitution por Lisa Correnti, publicado no portal Life Site News)

Sex 21 de Março, 2014 12:42 EST

NOVA YORK, 21 de Março, 2014 (C-FAM.org) – Mulheres resgatadas da prostituição estão criticando agências da ONU e Anistia Internacional por tentarem legalizar a prostituição insistindo que a legalização conduziria a mais garotas sendo traficadas e na transformação de cafetões em legítimos empresários.

“Quando [o pessoal da ONU] trabalhar num bordel então eu darei ouvidos aos seus argumentos,” disse uma ex-prostituta se referindo à recém-criada agência chamada UN Women (ONU Mulheres).

(Fonte: LifeSiteNews)

(Fonte: LifeSiteNews)

“Que diabos eles [Anistia Internacional] estão pensando,” disse Rachel Moran, uma ex-prostituta da Irlanda. Autora de Paid For: My Journey Through Prostitution (Paga Para: Minha Jornada Através da Prostituição, em tradução livre), Moran faz referência a um documento vazado advogando pela legalização do “trabalho sexual” [NdT: aqui no Brasil, a expressão mais comum é “profissão (e profissional) do sexo”]. O relatório, pronunciado por um palestrante, foi escrito em parte por um ex-cafetão agora componente da equipe da Anistia Internacional, e foi criticado por criar um “direito dos homens de comprar sexo”.

As sobreviventes do tráfico sexual e prostituição falaram para uma numerosa platéia na conferência anual da ONU sobre as mulheres. O painél sobre “Prostituição ou Trabalho Sexual”, organizada pela Coalizão Contra o Tráfico de Mulheres (sigla CATW em inglês), foi realizado com diplomatas negociando sobre descrever prostituição como “trabalho sexual”.

O termo “trabalho sexual” foi cunhado por cafetões baseados nos Estados Unidos para normalizar a prostituição. Enquanto muitos usam o termo para evitar ofender as prostitutas, a ampla utilização da expressão somente beneficia cafetões e alcoviteiros, disse a palestrante. Prostituição não é trabalho, elas argumentam – é estupro pago, e usar o termo atrapalha os esforços para acabar com ela.

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Múltiplas facetas de escravidão

A Campanha da Fraternidade 2014 da CNBB aborda o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”.

cf2014-AUm dos graves problemas para o qual o texto-base da campanha aponta é a exploração sexual. Muito se fala a respeito do assunto, inclusive sobre a regulamentação da “profissão” de prostituição.

O blogueiro Leonardo Sakamoto divulgou um texto no dia 05 que teria sido escrito em conjunto do frei Xavier Plassat (da Comissão Pastoral da Terra), como sendo para lançamento da campanha. Dentre outras coisas, consta lá: “O Brasil é tido como um dos grandes exportadores de mulheres a serem exploradas sexualmente, particularmente na Europa.“. Aparentemente Sakamoto não se incomoda com a prática da prostituição. Tenho muitos motivos para crer nisso, desde a forma indiferente como trata do assunto em seus artigos, passando pelo seu discurso de esquerda que apóia o homossexuaismo/gayzismo – e sabe-se que é comum homens/garotos travestirem-se para venderem seus corpos – enfim de “todo” o preconceito, exceto aquele contra o conservadorismo.
A impressão que os defensores da legalização/regulamentação da prostituição me passam é que lhes importa alcançar um arranjo onde todos saiam ganhando, tanto o “trabalhador” como o governo. Sendo assim, Continuar lendo

As prostitutas e eu

O deputado federal pelo RJ Jean Wyllys (PSOL) aproveitou os preparativos para a Copa 2014 para investir em seu projeto de lei reciclado de regulamentação da “profissão” de prostituição. Como tem sido noticiado nesses últimos dias, prostitutas estão recebendo – juntamente com empregados de outras atividades comerciais, tais como garçons e taxistas – treinamento em inglês para, err…, melhor atender os turistas.

Basicamente, o deputado deseja que as casas de prostituição sejam regulamentadas, de forma a dar maior segurança às mercadorias empregadas (especialmente quanto à sua integridade física) e, com legislação adequada, proporcionar os ditos direitos trabalhistas de que gozam hoje demais ramos de atividade. Aí mora um certo perigo, aliás: como eu comentei no twitter, Jean Wyllys está certo ao dizer que prostituição infantil não existe, mas sim exploração sexual de menores. Entretanto, uma equiparação da prostituição às demais atividades comerciais, conferindo-lhe os mesmos benefícios e mesmas potencialidades nas relações trabalhistas, é um passo no caminho de abominações como programas de “jovem aprendiz (prostituta)”, programas de estágio para, imagine só!, meninas de 14-17 anos, quem sabe… Portanto, é incoerente falar em combater a exploração sexual de menores quando se procura incentivar a prostituição.

Com certa razão, também, do deputado se queixa de enfrentar barreiras morais e religiosas no caminho rumo à aprovação da imundície. Graças a Deus! Sinal de que ainda há uma resistência que deseja conservar e preservar os bons valores nessa sociedade.

Numa entrevista recente ao site UOL, o deputado comentou sobre a resistência que se encontra também dentro de círculos feministas, dentro e fora do país. Pela forma com que falou do famigerado Femen, acredito que não agrade a Wyllys a inócua atitude de exibir os seios em sinal de protesto. Muito bem: A mulher que usa o corpo como chamariz de protesto não se valoriza. A cidade que usa suas prostitutas como chamariz de turista também não.

Bem, o que me moveu a redigir este novo artigo foi reproduzir uma conversa que tive em outro blog, com um rapaz identificado como Alexandre, onde pude argumentar sobre o porquê de se opôr a essa prática de troca de favores sexuais por dinheiro. Como pode esta atividade, que alguns (inclusive Wyllys) querem fazer crer só dizer respeito às escolhas de vida das prostitutas, afetar várias pessoas e famílias. E como a indignidade de tal atividade sexual imoral representa um defeito e uma miséria não só das mulheres transformadas em objetos, mas dos homens que as procuram.

Com isso reafirmo que a discussão deve ser no campo moral, que pauta os preceitos da convivência em sociedade. E denuncio como pensam os defensores da libertinagem (como Wyllys) para os quais decoro e decência não passam de conceitos superáveis e retrógrados.

OBS: É uma conversa razoavelmente extensa.

***

ALEXANDRE: (…) não há como se comparar tráfico, jogos de azar e corrupção com prostituição e por uma razão muito simples: o que separa a prostituição das demais práticas é o prejuízo. O traficante traz prejuízos financeiros e emocionais as pessoas com eles envolvidas. Os jogos de azar também. Corruptos então, quantos prejuízos não trazem!!!! – E prostitutas? – trazem prejuízo a quem?? – a que??? – sei muito bem a que: ao moralismo disfarçado ora de bons costumes, ora de cristianismo, ora de ideal da família.

EU: Alexandre, o traficante causa prejuízo financeiro e emocional para as pessoas envolvidas diretamente, ou seja, para os que pagam por seu serviço E indiretamente para quem depende deste “consumidor”, como seus filhos, esposa e demais dependentes.
De maneira perfeitamente análoga, a prostituição traz prejuízo emocional e financeiro para a família do “consumidor”. Ou por acaso é mero moralismo condenar o adultério?
As esposas vítimas do adultério deverão sentir alívio quando seus maridos as traírem com prostitutas de carteira assinada?
E este é só um dos pontos de vista desfavoráveis.

Supondo que se regulamentasse a “profissão” de prostituta. Imagina-se que Continuar lendo

O dia em que Jean Wyllys me chamou de mentiroso…

… ou difamador, ou sujeito de má fé.

Montei uma história em quadrinhos contando um bate-papo que tive com o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) na noite de 14/03/12 a respeito de uma infame nota do seu site oficial sobre a atenção dispensada por ele para a causa dos “profissionais do sexo”.

Tomei conhecimento da nota quando pesquisava em seu perfil de twitter por algum pronunciamento dele sobre sua tarefa política de relator do PL 478/07. Nada encontrei a esse respeito – nem no perfil dele nem do perfil oficial da sua assessoria de imprensa (@ascomjeanwyllys ).

Prontamente redigi o artigo supracidato comentando a idéia do deputado e fiz questão de levar o link do meu artigo para os comentários do artigo dele, a fim de abrir um debate a respeito da prostituição. Um tempo depois vi algumas notas no twitter dele sobre as críticas que o projeto estaria recebendo, e parti para a argumentação:

Nota: os amantes das “causas das minorias” sempre agem como se fosse necessário estabelecer novos paradigmas de direitos e dignidade para estes “pobres marginalizados da sociedade”. Parecem incapazes de reconhecer que, na maioria dos casos, essas minorias não passam de marginalizados voluntários. É vergonhoso que nosso país eleja indivíduos com tão pouco entendimento de democracia…

Aí, o sr. Jean Wyllys interessou-se pela minha opinião e retrucou:

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