Comentários ao artigo de Flavio Morgestern: http://flaviomorgen.blogspot.com.br/2011/09/aborto-questao-de-coerencia.html
Comecei a seguir Flavio Morgenstern no twitter por causa de recorrentes RT de mensagens suas praticados por contatos que prezo. Com efeito li um artigo de elevada qualidade escrito por ele, que me levou à decisão de seguí-lo. O texto tecia uma crítica mordaz ao blogueiro Sakamoto, mais especificamente ao seu pensamento sobre um determinado artigo. Só a motivação já seria o bastante, mas o conteúdo é mesmo interessante.
Contudo, por ocasião do avanço na tramitação do Estatuto do Nascituro, percebi que Flavio, apesar das fontes que lho recomendaram a mim passivamente, defende o exercício do aborto. Gentilmente ele me indicou um antigo texto seu onde foram registrados alguns argumentos, e este presente artigo d’O Legado do Andarilho é uma contra-argumentação a alguns pontos relevantes.
Em meados do sexto parágrafo, Flavio Morgenstern assume – dando razão às feministas – que “se as mulheres sofrem injustamente com a gestação(…), é uma questão de saúde pública.“. Ok, então todo estado de saúde causador de desconforto, pouco importando que seja inerente à natureza humana – ou ainda, decorrente de atividade voluntária – deve ser estabelecido como “assunto de saúde pública” (com toda a carga tributária, logística, social, etc, que esse “superstatus” possa gerar para a população)?
Partindo desse raciocínio, o sr. Flavio talvez venha a defender (me admiraria se se recusasse a abraçar a causa) que a fimose ou a doença de Peyronie também sejam declarados casos de saúde pública! (OBS: recomendo discrição na abertura do link, devido ao conteúdo sexual, ainda que de um ponto de vista clínico)
É bem verdade que ninguém morre em “clínicas clandestinas” ao tentar se livrar do desconforto causado por esses dois quadros clínicos do exemplo, mas também não correm o risco de morte as mulheres que optam por não se submeterem ao aborto.
Mais à frente, o autor faz uso de uma hipótese à la Huxley (, Aldous – escritor de Admirável Mundo Novo), Continuar lendo