Resolvi fazer uma pesquisa no histórico dos pré-candidatos ao governo do RJ nas eleições 2014, a fim de averiguar e informar meus leitores sobre o posicionamento deles quanto a temas de interesse moral cristão. Eis o resultado do escrutínio:
# Aborto
– Cesar Maia (DEM): já ironizou o governador Sérgio Cabral por este ter feito uma interpretação extremista da correlação com alta taxa de natalidade e criminalidade – oferecendo maior acesso ao aborto como solução – que leu no ensaio de economistas americanos. Apesar de ser acusado de não ter feito muita coisa para fechar clínicas clandestinas de aborto, baixou o decreto 25.745/05 que, desafiando a portaria 1508/05 do Min. da Saúde, conservava a exigência de B.O. para casos de alegado estupro. Cavando um pouco mais fundo nos registros históricos políticos, descobre-se que ele foi deputado constituinte, ou seja, participou dos debates e votações que nos legaram a atual Constituição Federal (de 1988); o site da Associação Nacional Pró-vida e Pró-família avisa que César Maia (então filiado ao PDT) SE ABSTEVE da votação para o destaque que pretendia proteger a vida desde a concepção;
– Garotinho (PR): espera-se de um político cristão confesso (ainda mais quando faz da religião sua plataforma) que seja contrário ao aborto. Infelizmente eles costumam desafiar esta lógica elementar (militontos do PT que o digam!). Entretanto, não parece ser o caso de Anthony Garotinho, já que conta-se por aí que no ano passado ele aventou no Congresso um referendo para consulta popular ao assunto, além de ter ficado ao lado dos conservadores na disputa com o STF quando aprovou o aborto de bebês anencéfalos;
– Jandira Feghali (PCdoB): de pronto, a pesquisa retorna que a candidata se auto intitula “histórica defensora do direito ao aborto”. Nenhuma surpresa, ao se considerar o “C” da questão (no nome do partido). E não é blefe. Enquanto deputada federal, fez “o diabo” (como diria Dilma) para liberar geral o assassinato de seres humanos inocentes;
– Lindbergh Farias (PT): outro que não nos surpreende quando o assunto é moralidade cristã, dado o partido. Comprometido com o socialismo, não “pisa fora da faixa”. Votou contra a PEC 25/95 que visava explicitar a defesa da vida desde a concepção na CF;
– Luiz Pezão (PMDB): Esboçou simpatia por D. Orani quando este assumiu o arcebispado do Rio de Janeiro e ele era o governador em exercício. Sabem como é: PMDB é um primo tímido do PT, então podemos talvez esperar o velho truque de bajular primeiro, trair depois. Não encontrei, de pronto, referências cruzadas dele com o aborto. No mais, ele foi vice de Sérgio Cabral por dois mandatos e está sendo ofertado como seu “continuista”; será que vai querer fazer algo diferente?;
– Marcelo Crivella (PRB): Aqui está uma figura dúbia quanto ao assunto. Já deu declarações sendo contra, já foi apontado em oposição ao seu tio e líder da seita protestante “Igreja Universal” (que tem forte influência no partido) Edir Macedo, que é declaradamente favorável ao aborto. No passado, nos idos de 2010, figurou entre os defensores da então candidata Dilma, quando sofria os justos ataques dos cristãos por causa do tema;
– Miro Teixeira (PROS): Um livro de antropologia urbana lançado em 1999 contém um quadrinho de opiniões dos candidatos ao governo do RJ daquela época. Lá, Miro Teixeira aparece com tendo respondido favoravelmente à legalização do aborto (vale frisar que isso é sempre pior que a mera descriminalização). Ele, assim como César Maia, foi deputado constituinte, só que, demonstrando firmeza de convicção, votou NÃO para o destaque pró-vida;
– Professor Tarcísio Motta (PSOL): um desconhecido, trabalhando para um partido com conhecida preferência pelo aborto. Professor de história no Colégio Pedro II. Pelo que o seu facebook me contou, é amigo/apoiador de abortistas. Mas, claro, ainda que se diga contrário, vindo por onde vem, comunista do jeito que é, não acreditem;
– Cyro Garcia (PSTU): Já defendia a descriminalização do aborto em sua campanha pela prefeitura do Rio de 2012.
# Gayzismo
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